Teorias curriculares - interfaces com educação integral (Aula do dia 01.06.2012 - Prof Juares)
Se comparado aos métodos de Freire,
por exemplo, a educação integral ao qual estudamos, se constrói com a análise
dos problemas da escola tradicional. Mas a educação integral em que vivemos e
praticamos, ainda peca em muito quanto a sua estrutura ideológica e aplicada.
Ainda não conseguimos unir fortemente a realidade do aluno à conjuntura
escolar. O processo de construção ideológica respalda no desenvolvimento de
projetos atrelados a disciplinas, como processo de formação educativa, sem
estruturar conteúdos de forma interdisciplinar. Busca-se incansavelmente a
interdisciplinaridade contudo o aluno não participa do processo interdisciplinar,
pois ele está preso à grade curricular e a obrigação de obter uma nota em cada
matéria (disciplina).
O objetivo das promessas educacionais
construídas pelos governos é o da proximidade da comunidade, mas o governo se
atreve a construir seus ideais dentro da escola, estabelecendo políticas
duvidosas quanto a real necessidade escolar. Ainda enfrentamos uma educação
militar enfileirada e regrada. Dissemos ao aluno que este participa de um
processo democrático, mas ao mesmo tempo não tem vós e participação na construção.
Como dizia a banda “Pink Floyd” Another Brick in The Wall (Outro Tijolo no
Muro), é o que os alunos são, apenas peças a serem lapidadas e cabe a nós
educadores entendermos e tentar resgatá-los, antes que o sistema o cimente na
multidão.
Qual a real necessidade da escola?
Em uma sociedade marxista existiria escola? E como ela seria, visto que o
objetivo da atual (capitalista) é o mercado de trabalho? Essa escola mais
socialista não poderia existir em nossa conjuntura atual? E ao não se preocupar
com o mercado de trabalho, o currículo seria mais condizente com a realidade da
comunidade escolar?
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