segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Perspectiva da educação integral



Conhecimentos, culturas e saberes na perspectiva da educação integral (aulas dos dias 15, 22 e 29/6 - Profa. Jane)
Entrevista com Sônia Penin sobre currículo escolar no Brasil


            A entrevista acima aborda sobre questões de desenvolvimento do currículo, acerca de visões globais e nacionais. Vem discutir sobre a necessidade de mudar a forma como são construídos os currículos na escola. Este vídeo, podemos relacionar quanto ao conteúdo cultural e o que seria necessário para conhecimento escolar dentro do âmbito da escola.
            A importância do currículo é perceptível como importante não apenas para as escolas, mas para o próprio sistema governamental, que necessita se utilizar de conteúdos, para construir e mostrar suas políticas de inserção. Sejam elas corretas ou não. O que acontece, é que o governo não demonstra interesse em trabalhar com um conteúdo que valorize o coletivo da cada aluno. É preciso apenas desenvolver o indivíduo, para mostrar números, transformando o aluno em um ser individual como somente mais um no processo, para que o sistema mostre o quanto o país evolui.
            Mas e se os governantes valorizassem o cotidiano do aluno no currículo, dando mais autonomia à escola, poderiam demonstrar melhor essa evolução, através dos próprios trabalhos desenvolvidos nas salas de aulas. Culpa-se tanto os professores, os alunos, a escola e a família, mas na formação atual, o povo se esquece do verdadeiro culpado que é o próprio governo, que não visa o conhecimento como forma de libertação e ascensão social.
            Discutimos na escola como passar para os alunos os conteúdos, mas em muito não reavaliamos o que ensinar. O que se observa é muitos professores seguindo as cartilhas distribuídas por uma mídia impressa que divulga o que quer de forma distorcida, em que muitos profissionais nem se prestam a observar o que está escrito e verificar a sua veracidade. Praticamente aceita o que o governo vomita de conteúdo, quando discuti nas reuniões de planejamento se convence que tem que mudar, mas na hora de mudar, replica o sistema como sendo o meio mais fácil, pois geralmente muitos professores trabalham em carga cheia e não dispõe de tempo nem se quer para pesquisar.
            Tem-se a impressão de que é realmente isto que o sistema governamental anseia. Que todos se confundam e não saibam da realidade, talvez é desta forma que seja esse tal elo adestrador, onde de um lado temos governo com números e do outro a população a mercê de contos de fadas sociais e burocráticos.
            Enquanto pensarmos na escola como mercado de trabalho e a tratarmos como uma empresa, como vem acontecendo nas políticas atuais do governo, poderá ser impossível pensar em uma escola mais social. É preciso consolidar melhor as políticas públicas e não pulverizar a educação com bolsas em instituições privadas, que desses montantes poderiam ser investidos em instituições públicas que busquem a realidade vital do aluno. Para quebrar assim o preconceito atual da escola pública em comparação com as instituições privadas em que em muitos os donos são políticos ou investidores partidários.
            Outro muro que temos em nossa cultura ainda é a construção de conteúdos que não são de cunho próprio de nossa sociedade e, quando temos algumas tentativas, são podados por inescrupulosos que não tem se quer formação pedagógica e criam argumentos que se prendem em políticas e religiosidades, mesmo a escola se declarando como uma instituição laica, filosófica e científica.

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