segunda-feira, 22 de outubro de 2012


É possível a interação entre disciplinas aparentemente distintas. Esta interação é uma maneira complementar ou suplementar que possibilita a formulação de um saber crítico-reflexivo, saber esse que deve ser valorizado cada vez no processo de ensino-aprendizado. É através dessa perspectiva que ela surge como uma forma de superar a fragmentação entre as disciplinas. Proporcionando um diálogo entre estas, relacionando-as entre si para a compreensão da realidade. A interdisciplinaridade busca relacionar as disciplinas no momento de enfrentar temas de estudo.




Utilizar-se da prática entre disciplinas, causando a interatividade, é um desafio para as escolas de ensino integral. Por trabalhar em uma que se correlaciona com esses desafios, é possível enxergar as dificuldades, travadas nas práticas cotidianas, afim de se manter em alta o foco central da interdisciplinaridade.

Indagar todos os profissionais a trabalharem de forma conjunta, foi o primeiro desafio, que envolveu quebras de barreiras curriculares, que até então eram fechadas em mundos paralelos entre si, ou seja, cada disciplina pertencia ao seu mundo e ao seu diagnóstico preliminar particular.

A vantagem do ensino integral sobre os métodos e a escola contemporânea tradicional, talvez seja a condição extra de tempo, ao qual a escola comum não visa, possibilitando a percepção e o reconhecimento dos problemas e anseios referentes ao método interdisciplinar. A interdisciplinaridade em nosso ambiente, ainda não é perfeita, pois por ser uma modalidade piloto, na esfera pública de Santa Catarina, não se pode pressionar ou desqualificar os problemas enfrentados até o momento, ainda é preciso mais tempo para realizar um verdadeiro diagnóstico, visto que menos de um ano de existência é insuficiente, para analisar o resultado de todo o processo multidisciplinar.

Falta muito investimento do governo e políticas públicas que condizem com a realidade da escola, mas pensar na prática entre disciplinas, já é um avanço, que pode suprir parcialmente e temporariamente as necessidades de uma escola em tempo integral.

Atividade em grupo



Adriana Goulart Garcia, Carlos Broering Bruno, Fabiano Saidelles, Lucineide Soares, Rosana Cavalcante e Vanessa.
Escola Estadual  Anibal Nunes Pires

SAÚDE ALIMENTAR:
·         O projeto envolveu Geografia, História, Matemática, Biologia, Química, Artes e Ed. Física.

ENERGIA:
·         Tem interação entre as disciplinas ,mas falta um entendimento sobre as perspectivas da interdisciplinaridade. Agora que o grupo está começando a aprender o que é isso;
·         Resolveram fazer subgrupos das disciplinas que envolvem ciências naturais, humanas e linguísticas ;
·         O tema trabalhado é energia. O problema proposto: como gerar energia depois de uma grande catástrofe em que somente a comunidade ao redor da escola tivesse sobrevivido?
·         Envolvimento das TIC’s como fomento gerador de capacidades entre alunos e professores;
·         TIC’s, pois as mídias colaboram na elaboração de pesquisas a conteúdos e desenvolvimento de projetos de audiovisual;
·         Tipos de tecnologias envolvidas para produzir equipamentos que possam gerar energia de forma alternativa e sustentável.

            A necessidade de um projeto é fundamental para orientar os professores com as temáticas de trabalho. De preferência um tema ou problemas que estejam interligados com o cotidiano do aluno, para que este se interesse nas práticas curriculares e o aproxime da realidade, dentro do ambiente escolar.
            É fundamental a construção das relações sociais do indivíduo em questão, no caso o aluno, transformando o conteúdo virtual ou teórico em algo concreto, associando o conhecimento científico ao cotidiano, para construir os saberes.

segunda-feira, 20 de agosto de 2012

Perspectiva da educação integral



Conhecimentos, culturas e saberes na perspectiva da educação integral (aulas dos dias 15, 22 e 29/6 - Profa. Jane)
Entrevista com Sônia Penin sobre currículo escolar no Brasil


            A entrevista acima aborda sobre questões de desenvolvimento do currículo, acerca de visões globais e nacionais. Vem discutir sobre a necessidade de mudar a forma como são construídos os currículos na escola. Este vídeo, podemos relacionar quanto ao conteúdo cultural e o que seria necessário para conhecimento escolar dentro do âmbito da escola.
            A importância do currículo é perceptível como importante não apenas para as escolas, mas para o próprio sistema governamental, que necessita se utilizar de conteúdos, para construir e mostrar suas políticas de inserção. Sejam elas corretas ou não. O que acontece, é que o governo não demonstra interesse em trabalhar com um conteúdo que valorize o coletivo da cada aluno. É preciso apenas desenvolver o indivíduo, para mostrar números, transformando o aluno em um ser individual como somente mais um no processo, para que o sistema mostre o quanto o país evolui.
            Mas e se os governantes valorizassem o cotidiano do aluno no currículo, dando mais autonomia à escola, poderiam demonstrar melhor essa evolução, através dos próprios trabalhos desenvolvidos nas salas de aulas. Culpa-se tanto os professores, os alunos, a escola e a família, mas na formação atual, o povo se esquece do verdadeiro culpado que é o próprio governo, que não visa o conhecimento como forma de libertação e ascensão social.
            Discutimos na escola como passar para os alunos os conteúdos, mas em muito não reavaliamos o que ensinar. O que se observa é muitos professores seguindo as cartilhas distribuídas por uma mídia impressa que divulga o que quer de forma distorcida, em que muitos profissionais nem se prestam a observar o que está escrito e verificar a sua veracidade. Praticamente aceita o que o governo vomita de conteúdo, quando discuti nas reuniões de planejamento se convence que tem que mudar, mas na hora de mudar, replica o sistema como sendo o meio mais fácil, pois geralmente muitos professores trabalham em carga cheia e não dispõe de tempo nem se quer para pesquisar.
            Tem-se a impressão de que é realmente isto que o sistema governamental anseia. Que todos se confundam e não saibam da realidade, talvez é desta forma que seja esse tal elo adestrador, onde de um lado temos governo com números e do outro a população a mercê de contos de fadas sociais e burocráticos.
            Enquanto pensarmos na escola como mercado de trabalho e a tratarmos como uma empresa, como vem acontecendo nas políticas atuais do governo, poderá ser impossível pensar em uma escola mais social. É preciso consolidar melhor as políticas públicas e não pulverizar a educação com bolsas em instituições privadas, que desses montantes poderiam ser investidos em instituições públicas que busquem a realidade vital do aluno. Para quebrar assim o preconceito atual da escola pública em comparação com as instituições privadas em que em muitos os donos são políticos ou investidores partidários.
            Outro muro que temos em nossa cultura ainda é a construção de conteúdos que não são de cunho próprio de nossa sociedade e, quando temos algumas tentativas, são podados por inescrupulosos que não tem se quer formação pedagógica e criam argumentos que se prendem em políticas e religiosidades, mesmo a escola se declarando como uma instituição laica, filosófica e científica.

Teorias curriculares


Teorias curriculares - interfaces com educação integral (Aula do dia 01.06.2012 - Prof Juares)

            Se comparado aos métodos de Freire, por exemplo, a educação integral ao qual estudamos, se constrói com a análise dos problemas da escola tradicional. Mas a educação integral em que vivemos e praticamos, ainda peca em muito quanto a sua estrutura ideológica e aplicada. Ainda não conseguimos unir fortemente a realidade do aluno à conjuntura escolar. O processo de construção ideológica respalda no desenvolvimento de projetos atrelados a disciplinas, como processo de formação educativa, sem estruturar conteúdos de forma interdisciplinar. Busca-se incansavelmente a interdisciplinaridade contudo o aluno não participa do processo interdisciplinar, pois ele está preso à grade curricular e a obrigação de obter uma nota em cada matéria (disciplina).
            O objetivo das promessas educacionais construídas pelos governos é o da proximidade da comunidade, mas o governo se atreve a construir seus ideais dentro da escola, estabelecendo políticas duvidosas quanto a real necessidade escolar. Ainda enfrentamos uma educação militar enfileirada e regrada. Dissemos ao aluno que este participa de um processo democrático, mas ao mesmo tempo não tem vós e participação na construção. Como dizia a banda “Pink Floyd” Another Brick in The Wall (Outro Tijolo no Muro), é o que os alunos são, apenas peças a serem lapidadas e cabe a nós educadores entendermos e tentar resgatá-los, antes que o sistema o cimente na multidão.
            Qual a real necessidade da escola? Em uma sociedade marxista existiria escola? E como ela seria, visto que o objetivo da atual (capitalista) é o mercado de trabalho? Essa escola mais socialista não poderia existir em nossa conjuntura atual? E ao não se preocupar com o mercado de trabalho, o currículo seria mais condizente com a realidade da comunidade escolar?

            Sugestão: http://www.youtube.com/watch?v=yv4qqd94GA0

Pink Floyd - Another Brick in the Wall (Legendado)

Política curricular catarinense


Política curricular catarinense - interfaces com outros contextos e com a Educação Integral. (aula do dia 18.05.2012- Prof Juares)

            A escola integral surge como uma nova concepção de acessibilidade educacional sendo depositada nela uma credibilidade de resolução das problemáticas sociais, como ferramenta mágica contra os problemas existentes na educação popular comum. A educação integral tem em sua proposta, causar a interação e a vivência dos indivíduos envolvidos, desenvolvendo conteúdos pré-estabelecidos e ampliando sua zona de conhecimento com as novas descobertas dos alunos. Pela ideia, o aluno passa a produzir cultura no espaço escolar.
            É preciso fazer a inclusão do aluno na sociedade, preparando-o para espaços que antes não eram idealizados pela escola. Contudo a escola precisa obter estrutura e dimensões novas em comparação com as escolas comuns, mas que também eram necessárias nestas outras. Os governos precisam ampliar acessos a vagas e estruturas, melhorando a qualidade de recursos, sejam eles didáticos, informatizados ou impressos. É preciso também valorizar o profissional, dando a este a oportunidade de dedicação exclusiva, para que consiga desenvolver conteúdos mais flexíveis a novos horizontes.
            A realidade, ainda fica distante da prática curricular. Os profissionais se deparam com a falta de autonomia, atrelada a um currículo pobre e pouco diversificado. O conjunto estrutural ainda é uma utopia em volta de promessas políticas de futuras estruturações.

Políticas curriculares


Políticas curriculares para a educação básica e a educação integral (profa. Jane)
           
            O currículo é importante para o processo de construção dos conceitos didáticos escolares. É com ele que vamos traçar os verdadeiros interesses da escola, ou seja, definir qual o real objetivo da escola no processo de ensino – aprendizagem. O papel da escola está totalmente preso a políticas capitalistas e de mercado, ela precisa inovar e revolucionar, se despertando para um currículo que atenda o aluno e não o prepare para o mercado burocrático. A política da escola tinha de ser construída pela comunidade escolar, mas o que acontece na prática é uma inserção de interesses incomuns a realidade da escola, através de políticas que prezam pelo mérito, dificultando a inserção do aluno no contexto escolar.
            De nada adianta as políticas governamentais sinalizarem a autonomia da escola e do professor, se na prática a escola terá de se mostrar em avaliações predefinidas, por um sistema, que sinaliza o que é importante que o aluno aprenda. A escola irá fortalecer um currículo que fica preso a conceitos pré-definidos pelo sistema. A construção de um currículo deve partir de questões e políticas únicas e exclusivas das escolas, para tal, a escola necessita também se desprender do ensino voltado para o vestibular. Mas para tal, é preciso também que a categoria dos profissionais em educação, juntamente com a sociedade no geral, exijam de seus governos mais acesso as universidades públicas, possibilitando assim para a escola o papel de formador e não de adestrador de conteúdos.

            Sugestão de Destaque: Trecho retirado do arquivo de apresentação do dia 27/04/12. Art.9º: “a escola de qualidade social adota como centralidade o estudante e a aprendizagem”.

segunda-feira, 2 de abril de 2012

Mentalizando


Fonte da imagem: http://izismile.com/2010/07/13/beautiful_surreal_photomanipulations_32_pics.html

De encanto ao infinito,
perfaz o âmbito de uma mente,
ao encanto abrangente,
como jaz em terra além,
súbito anseio de alguém,
em meio ao nada, a tudo,
em pensamento obscuro,
de farto súbito e de fato súdito,
ao pensamento além...
Além...
Além...!